Acupuntura para tratar osteoartrose

A osteoartrose é uma das doenças mais comuns dentre as que acometem as pessoas acima dos quarenta anos de idade. Abaixo você conhecerá detalhes sobre esta doença, incluindo um tratamento alternativo: a acupuntura pode tratar osteoartrose.

Conhecendo a osteoatrose

Esta doença é a mais comum entre as pessoas a partir de sua quarta década de vida. Estima-se que atinja 90% da população adulta e é uma das doenças mais antigas da humanidade.

Osteoartrose é seu nome correto, mas este problema é um velho conhecido das pessoas. Popularmente, ela é conhecida somente como artrose. Com este nome aposto que você já ouviu falar dela!

O que é osteoartrose?

Osteoartrose, artrose, processo degenerativo articular ou processo degradativo articular são todas denominações para uma destruição das cartilagens articulares, seguida de reparação.

Todas as nossas articulações são revestidas por cartilagem. Ela é um tecido que cobre dois ossos unidos e que juntos possuem movimentação única. Podemos citar vários exemplos de articulações: joelho, cotovelo, tornozelo, dedos, etc. Independente da articulação, pode-se ter certeza que ela estará coberta por cartilagem.

A função da cartilagem é diminuir o atrito entre os ossos durante os movimentos. Desta forma, o choque é absorvido e não há excessiva pressão pelos quadris, por exemplo. As cartilagens são banhadas pelo líquido sinovial, ou seja, ele lubrifica as articulações e as ajuda a se manter estáveis e sadias.

Imagine que a articulação é semelhante a uma esponja de silicone embebida em água. A osteoartrose acontece quando esta esponja não está hidratada ou íntegra o suficiente. Sempre que as articulações estiverem fora de seu estado normal de equilíbrio, todos nós estaremos sujeitos à artrose.

Tipos de osteoartrose

Segundo os médicos, existem dois tipos de osteoartrose: primária e secundária. Eles serão explicados abaixo.

A artrose primária é aquela onde já ocorre predisposição genética, ou seja, a pessoa tem antecedentes familiares portadores da doença. Portanto, o processo de degeneração articular acontecerá independente de fatores externos.

Já na artrose secundária o desenvolvimento da doença poderá acontecer por uma série de motivos:

– obesidade;

– traumas articulares (entorses, fraturas, luxações);

– alterações hormonais;

– traumas causados por movimentos repetitivos;

– esportes de desaceleração (saltos).

As pessoas citadas nas listas acima (tanto de artrose primária quanto de osteoartrose secundária) são aquelas que fazem parte do grupo de risco. Portanto, devem iniciar tratamentos preventivos o quanto antes for possível.

Se já tiverem a doença, a atitude a ser tomada deve visar à diminuição dos sintomas, especialmente a dor. Se não for tratada, a artrose pode até incapacitar a pessoa.

Incidência da doença

Apesar dos grupos de risco, outros fatores também podem aumentar as chances de os indivíduos serem acometidos pelo processo degradativo articular.

Como já citamos no início do texto, a osteoartrose é uma doença extremamente comum nos indivíduos acima de quarenta anos. Porém, ela costuma atingir mais comumente os homens somente a partir dos cinquenta anos de idade.

50% das pessoas acima de 65 anos possuem artrose, sendo que esta porcentagem sobe para a totalidade ao atingir 85 anos. Ou seja, todos os indivíduos acima de 85 anos possuem os sintomas desta doença.

A artrose atinge homens e mulheres em diferentes regiões, normalmente. Enquanto nelas é mais comum se perceber os sintomas nas mãos e nos joelhos, no sexo masculino o processo geralmente ocorre nos quadris.

Da mesma forma acontece de acordo com as etnias. Afrodescendentes percebem mais os sintomas de osteoartrose no joelho ou no quadril em relação aos caucasianos (brancos). A prevalência é em ambos os sexos.

Percebe-se que a incidência de artrose também se dá por fatores genéticos. Quando algum familiar teve o processo degenerativo nas mãos, joelho e quadril, ocorre o mesmo em seus parentes. No caso das mãos as chances são grandes (65%).

Os fatores hormonais também são responsáveis pelos riscos de artrose. Mulheres no período pós-menopausa têm mais chances de desenvolver a doença. Do mesmo modo, fatores metabólicos, como distúrbios endócrinos, também aumentam as chances. Quanto mais alto estiver o nível de glicose ou colesterol, maiores os riscos de desenvolvimento de osteoartrose.

Quais são os sintomas da doença?

– dor: é o principal sintoma de artrose e melhora com o repouso. No início da doença ocorrem crises dolorosas e, se não forem tratadas, podem piorar bastante. Aí se tornam intensas e inclusive podem acordar a pessoa durante a noite;

– rigidez matinal: sintoma clássico de artrose, porém não dura mais do que alguns minutos;

– limitação do movimento: com a progressão da doença acontecem limitações de movimento.

Alguns sintomas são característicos da localização da osteoartrose. Por exemplo, quando ela acomete os joelhos, as pessoas se queixam de aumento da dor ao descer degraus. No caso dos quadris, a dor pode irradiar para o joelho.

Quando atinge as mãos, a pessoa normalmente sente dificuldade em realizar trabalhos manuais rotineiros, principalmente se a artrose estiver presente nos ossos da base do polegar. Na coluna, o processo degradativo pode causar dores nas costas, especialmente lombalgia, e, se atingirem raízes nervosas, causam dor e fraqueza no indivíduo.

Sinais de osteoartrose

São vários os sinais visíveis de osteoartrose.

– aumento de o volume articular (percebem-se nódulos ósseos pelo derramamento do líquido sinovial nas articulações;

– crepitações (pela perda de cartilagem);

– limitação de movimento (em casos mais graves há perda completa);

– atrofia muscular (normalmente nos casos mais graves de artrose no joelho, pela falta de uso);

– sinais inflamatórios (inchaço, vermelhidão, calor);

– deformidades causadas pela perda de cartilagem;

Diagnóstico de artrose

O diagnóstico de osteoartrose normalmente é feito por análise clínica e radiografias, podendo ser também por exames laboratoriais.

Podem ser feitas radiografias convencionais, ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.

Para que seja diagnosticada a doença correta, é necessário distinguir os sintomas de osteoartrose de outras doenças inflamatórias, bem como de outros distúrbios que apresentam sintomas semelhantes.

O tratamento da artrose

Deve visar o controle da dor, a melhora da função e a prevenção da incapacidade. Além disso, deve evitar os níveis tóxicos das medicações utilizadas. Para isso, o paciente precisa ser avaliado regularmente e as medidas necessárias, tomadas.

São orientadas ao paciente de osteoartrose orientações para perdas ponderais, isto é, acontece conscientização para perda de peso excessivo. Esta medida alivia os sintomas e diminui a progressão da doença, além de promover melhora na qualidade de vida.

A terapia medicamentosa auxilia no controle da dor e podem ser:

– analgésicos;

– anti-inflamatórios não hormonais;

– analgésicos opioides;

– agentes modificadores da estrutura do tecido conjuntivo;

– terapia intra-articular;

– corticoides;

– viscossuplementadores;

– lavagem articular fechada.

A fisioterapia complementa o tratamento medicamentoso e visa melhorar a função e diminuir a dor. Além disso, o paciente pode se valer de terapia ocupacional. Se os tratamentos prescritos não obtiverem a resposta desejada, pode ser feita cirurgia.

Acupuntura para osteoartrose

acupuntura para artrose

Lá na introdução do texto foi citado que a acupuntura pode tratar artrose. Agora explicaremos como isto é possível.

A eficácia deste tratamento foi comprovada em diversos países, entre eles os Estados Unidos e o Brasil. A acupuntura visa o combate à dor e também a restauração da harmonia. Contudo, o processo é longo e são necessárias várias sessões antes que os resultados sejam percebidos. Isto é comum em casos de dores crônicas, não somente a artrose.

O primeiro passo da acupuntura para tratar osteoartrose é melhorar os sintomas, depois são feitas sessões de manutenção, que acontecem de tempos em tempos.

A restauração da harmonia mencionada acima acontece porque a medicina chinesa acredita que há desarmonia do elemento água no processo de envelhecimento natural e na genética. Porém, se a causa da artrose for o excesso de peso ou obesidade, o elemento desarmônico é terra. É preciso entender esta desarmonia porque os tratamentos dentro da acupuntura são diferentes.

A acupuntura é eficaz no tratamento de artrose, porém é preciso ter também um acompanhamento médico. Ou seja, ela deve ser complementar a este tratamento convencional. O médico avaliará a perda de peso, assim como o fortalecimento muscular da articulação envolvida e a prática de exercícios físicos. É importante também ter uma alimentação equilibrada.

A acupuntura pode resultar tão bem quanto sessões de fisioterapia para alívio das dores no joelho. Esta é a conclusão de um estudo feito pela Universidade de York, no Canadá. Foram avaliados 9700 pacientes e os pesquisadores concluíram que a terapia tradicional juntamente com a chinesa trouxeram resultados espetaculares.

Separadamente os resultados também são percebidos, mas há melhor percepção quando as terapias são utilizadas concomitantemente.

Também no joelho, outro estudo. Desta vez foram testados três pacientes voluntários, todos com osteoartrose nesta articulação. Ao final de vinte sessões de acupuntura, todos eles manifestaram melhora da dor durante a realização de atividades rotineiras, como andar, subir e descer escadas. O inchaço no joelho também diminuiu bastante e houve melhora na amplitude de movimento, na flexibilidade e no aumento da força.

Este foi o resultado de um estudo sobre acupuntura para tratar osteoartrose feito pelo Instituto de Terapias Marcelo Milanda, de Bauru, cidade do estado de São Paulo.

Apesar dos estudos citados tratarem apenas artrose de joelho, é importante salientar que a acupuntura pode tratar a doença em todas as articulações.

 

 

 

 

 

 

 

 

Acupuntura para os pés

Você gostaria de encontrar algo que aliviasse as dores que você sente nos pés? Mas, aposto que você quer algo que não seja nenhum dos medicamentos comuns, não é? Saiba que isso existe. Trata-se da reconhecida técnica chinesa denominada Acupuntura. Já ouviu falar?

-Certamente que sim. É uma prática muito famosa. Muita gente tem se beneficiado dela como nova alternativa para seus males. Pois, fique sabendo que esta terapia que teve origem no Oriente, pode muito bem auxiliar no tratamento de seus pés doloridos. Continue lendo para descobrir como.

Acupuntura para os pés… E para todo o corpo

A acupuntura é método bastante eficaz. É baseada em conhecimentos milenares. É reconhecida pela OMS-Organização Mundial de Saúde, como um ramo da medicina, que pode auxiliar a ciência médica convencional.

O tratamento com esta técnica baseia-se em antiga crença chinesa que sugere como meio de tratamento o controle da energia corpórea para atuar como inibidor de várias doenças. Eles afirmam que a técnica libera substâncias químicas que interferem positivamente com o sistema nervoso, fazendo surgir melhoras em todo o corpo.

A base da acupuntura e os materiais que utiliza.

Esta ciência se baseia em algumas crenças do povo chinês. Parte do princípio que afirma que dentro de cada um de nós há o bem e o mal – Yin e Yang. Um dos objetivos desta ciência milenar é encontrar o equilíbrio entre estes dois lados.

A acupuntura otimiza o fluxo de energia corporal, utilizando agulhas finas metálicas que são inseridas em pontos estratégicos. Ah! Mas não se preocupe, pois as agulhas possuem a espessura dos poros de nossa pele, por isto não causam dores excessivas.

Acupuntura para os pés

A contribuição para a cura de muitas doenças é real. O tratamento de patologias dos pés não estão fora do âmbito desta técnica. Portanto, esta prática medicinal contempla também diversas formas para tratamento de doenças dos pés. Podemos citar como exemplos o alívio nos casos de dores nos pés e a ajuda no tratamento de Esporão e Fascite plantar.

Nestes casos de patologia dos pés, a Acupuntura atua aliviando os sintomas. O procedimento realiza-se através da inserção das agulhas, estimulando pontos que irão controlar a dor. A ação ocorre de dois jeitos:

  • Opióides – que age incitando a liberação de endorfinas.
  • Não-opióides – que inibe a dor bloqueando os neurônios transmissores.

Acupuntura para os pés- Esporão do calcâneo

Como é este tratamento do esporão calcâneo pela Acupuntura? O esporão calcâneo acontece quando uma formação óssea incomum surge no osso do calcanhar. É uma situação que concorre para o surgimento de muita dor.

Sendo este o maior osso que temos no pé, imagina o quanto angustiante deve ser esta dor! Os piores estágios dolorosos acontecem pela manhã e costumam restringir em muito a locomoção e as atividades cotidianas.

Como a acupuntura pode ajudar?

Quando o paciente chega é avaliado para encontrar o tratamento mais acertado. Neste momento é pensada também a forma de tratar. Na maior parte dos casos realiza-se a acupuntura com a inserção de agulhas. Pode também ser usada a técnica da moxabustão. Sabe o que é Isto?

Moxabustão

A Moxabustão é também um tipo de tratamento originado da tradição milenar da China. Porém, não utiliza agulhas no tratamento e sim pequenos bastões aquecidos para aplicar calor nos pontos meridianos do corpo. Os mesmos pontos da acupuntura.

Você de estar curioso para saber se esta técnica não queima a pele do doente, não é? Pois saiba que não há perigo algum, pois em nenhum momento os bastões tocam a pele. Na aplicação da moxabustão são usados bastões compostos por uma erva denominada Artemísia Vulgaris.

O acupunturista aproxima o bastão quente da pele do paciente suavemente. A proximidade e o tempo dependem também do quanto se tolera o calor. Este tratamento é realizado por profissional devidamente especializado tanto em Acupuntura quanto em Moxabustão.

Acupuntura para os pés – Fascite Plantar

A Fascite Plantar é uma infecção que ocorre na sola do pé, pertinho do calcanhar. Assim como o esporão causa muita dor. Há casos em que um esporão aparece junto com a Fascite plantar.   Esta patologia é resultado da sobrecarga que recai sobre a fáscia, tecido que ajuda na sustentação do arco do pé.

A fáscia plantar ampara o impacto do corpo sobre o chão, de forma que todo o peso deste incide sobre ela constantemente. Muitas vezes esta sobrecarga retorna resultados negativos e ocorre a Fascite plantar. Mas, a acupuntura reserva também para isto uma boa ajuda. Os tratamentos de Fascite podem portanto, serem potencializados com a ajuda da acupuntura que combate a dor e a inflamação.

 Acupuntura – caminhando por canais de energia

A acupuntura atua de forma bastante interessante. Ela busca o controle da energia estimulando pequeníssimos pontos espalhados pelo corpo. Para chegar até eles esta belíssima técnica chinesa trabalha com canais ou meridianos que constituem as vias pelas quais circula a energia humana. Segundo a crença chinesa é esta energia que nos faz vivos.

Acupuntura para os pés – A eletroacupuntura

Além da acupuntura que todos nós conhecemos, ainda há outra linha desta técnica. Trata-se de uma forma tecnológica mais avançada. É a eletroacupuntura. Ela é uma acupuntura que utiliza agulhas ligadas a aparelhos elétricos de forma a ampliar o campo de ação do tratamento.

Ela também trabalha com pontos do corpo e consegue excelentes resultados para tratar os pés.    A eletroacupuntura é usada nos casos em que a dor é muito intensa e mais constante e quando já se esgotaram as alternativas mais convencionais de tratamento.

O tratamento com a eletroacupuntura produz um estímulo melhor controlado e de atuação mais precisa, pois não é conduzido manualmente.

Acupuntura para os pés – Por que vale a pena?

A energia que percorre o corpo no decorrer do procedimento passa por todos os órgãos, vísceras e tecidos e manifesta seus efeitos através dos músculos, tendões, tecidos subcutâneos e pele. O que ocorre é que os pontos onde são inseridas as agulhas de eletroacupuntura e acupuntura são focos plenos de terminações nervosas. São os locais mais sensíveis de nosso corpo.

Estes mínimos toques liberam elementos químicos que circulam pelo corpo até 2 ou 3 horas após a aplicação. As substâncias liberadas relaxam e são analgésicas. Portanto vale muito a pena submeter-se às pequeninas picadas e choques em uma sessão que dura em torno de 20 minutos. A vantagem está nos resultados que garantem um corpo relaxado e sem dor. O efeito positivo continua a agir mesmo horas depois de terminada a terapia

O profissional acupunturista

Um fator importante a ser considerado no caso de buscar tratamentos alternativos como a acupuntura, a moxabustão e a eletroacupuntura é não deixar de preocupar-se com o profissional. É essencial que o acupunturista seja um médico especialista certificado.

Acupuntura para os pés e pelos pés

A acupuntura, moxabustão e eletroacupuntura são práticas excelentes para paliar problemas nos pés. Mas, não é só isto, há uma intrínseca ligação entre estes tratamentos e os pés. Esta ligação vai além de resolver as dores. O fato é que estes conhecimentos da cultura chinesa consideram o pé como um importante auxiliar para aplicação do tratamento. Isto é devido ao fato de nossos pés possuírem uma grande quantidade de pontos focais que favorecem a acupuntura.

O pé é um local onde concentram-se muitos pontos que se relacionam com os outros órgãos do corpo. Por isto é super comum utilizar alguns pontos dos pés para cuidar de outras partes do corpo.

A acupuntura para os pés é um tratamento sério que vem da cultura chinesa a qual devemos o máximo respeito. Seus resultados são reais e não devem ser considerados simpatias populares ou feitiços. É uma terapia fundamentada em tradições milenares experimentadas e seguras.

Acupuntura pode reduzir pressão alta

Um novo estudo sugere que uma forma de acupuntura pode beneficiar pacientes com pressão alta e diminuir o risco de derrame e doenças cardíacas.

Um ensaio clínico cego simples, conduzido na Universidade de Califórnia-Irvine (UCI), é a primeira confirmação científica que o antigo método de medicina chinesa é benéfico para pacientes com hipertensão (de leve à moderado).

No jornal Medical Acupunture (Acupuntura Medicinal), a equipe descreve a descoberta de como a eletroacupuntura pode reduzir a pressão sanguínea por até 6 semanas em pacientes com hipertensão.

A eletroacupuntura é uma forma de acupuntura que aplica impulsos elétricos de baixa intensidade através de agulhas inseridas em pontos específicos do corpo.

Os pesquisadores contam que suas descobertas sugerem que, com uso regular, a eletroacupuntura poderia ajudar as pessoas a controlarem sua pressão sanguínea e reduzir seus riscos de doenças cardíacas e derrame à longo prazo.

 

Autor sênior John Longhurst, um cardiologista e professor de medicina na UCI, conta que o estudo clínico vem após quase 10 anos de investigação sobre os efeitos da acupuntura na hipertensão arterial. Ele conta:

 “Ao usar o rigor científico Ocidental para validar uma antiga terapia Oriental, sentimos que integramos a medicina Ocidental e Chinesa e fornecemos um guia benéfico para tratarmos uma doença que afeta milhões nos EUA. ”

70% dos pacientes tratados sentiram uma queda notável na pressão sanguínea

 

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), existem aproximadamente 70 milhões de adultos americanos (29%) com hipertensão arterial – somente metade dos quais tem a condição sob controle.

Hipertensão arterial custa mais ou menos $46 bilhões por ano aos EUA. Essa estimativa cobre serviços de assistência médica, medicamentos e ausência ao trabalho.

Para seu estudo, o Prof. Longhurst e seus colegas recrutaram 65 pacientes com hipertensão que não estavam tomando medicamentos para tratar essa condição. Cada paciente foi aleatoriamente designado à um, de dois grupos.

Ambos os grupos foram tratados com eletroacupuntura, com a diferença de que um grupo (o grupo de tratamento) teve o tratamento aplicado na parte interna de ambos os pulsos e um pouco abaixo dos dois joelhos (pontos que se acredita reduzir a pressão alta na acupuntura), e o outro grupo, o teve aplicado em outros pontos ao longo do antebraço e canela (o grupo de controle).

O teste foi um estudo clínico cego simples. Isso significa que os aplicadores do tratamento sabiam quais dos pacientes estavam no grupo de tratamento e quais estavam no grupo de controle, porém os pacientes não tinham essa informação.

Os resultados mostraram que 70% dos 33 pacientes no grupo de tratamento sentiram uma queda notável na pressão arterial. Em média, a redução foi de 6-8 mm/Hg para tensão arterial sistólica e 4 mm/Hg para tensão arterial diastólica.

 

A sistólica (quando o coração contrai) é o maior, e a diastólica (quando o coração descansa entre contrações) é o menor dos números na leitura da pressão arterial.

Os pesquisadores contam que estas melhoras persistiram por 6 semanas após o tratamento.

O tratamento também apresentou outras mudanças benéficas

O grupo de tratamento também mostrou quedas significantes – 41% em média – na concentração sanguínea de norepinefrina (também chamada de noradrenalina), um hormônio que comprime os vasos sanguíneos e aumenta a pressão arterial e o açúcar no sangue.

O grupo de tratamento também apresentou uma queda de 67% na renina – uma enzima liberada nos rins que ajuda a controlar a pressão arterial – e uma queda de 22% em um hormônio que regula os electrólitos (aldosterona).

Não houve mudanças significantes de pressão arterial nos 32 pacientes do grupo de controle.

O Prof. Longhurst aponta que, embora as reduções na pressão arterial vistas no grupo de tratamento não foram grandes – a maioria variava entre 4 mm/Hg e 13 mm/Hg – eles foram clinicamente significantes e sugerem que o tratamento poderia ser especificamente proveitoso para pessoas com mais de 60 anos com elevada pressão sanguínea sistólica. Ele conclui:

 “Pelo fato da eletroacupuntura reduzir, tanto o pico, quanto a pressão média sistólica, por mais de 24 horas, essa terapia pode diminuir o risco de derrame, doenças arteriais periféricas, insuficiência cardíaca e infarto do miocárdio em pacientes hipertensos. ”

A Medical News Today também ouviu recentemente, sobre um estudo publicado no jornal Endocrinology, que sugere que a acupuntura age de forma similar a drogas psiquiátricas quando usado para tratar estresse crônico. Os pesquisadores da Universidade do Centro Médico de Georgetown em Washington, DC, chegaram a esta conclusão após conduzir experimentos controlados em ratos.

Acupuntura para tratar ansiedade

Acupuntura para tratar ansiedade

Coração acelerado, boca seca, vontade de chorar, roer as unhas e arrancar os cabelos. Estes são alguns dos sintomas percebidos por pessoas que sofrem de ansiedade. Este transtorno normalmente é resolvido com medicamentos alopáticos, porém existe uma solução alternativa. É possível fazer acupuntura para tratar ansiedade. Confira detalhes abaixo.

Uma doença chamada ansiedade

A ansiedade é considerada um gatilho para diversas outras doenças e, por este motivo, deve ser tratada antes que o problema se agrave. A medicina tradicional chinesa alega que os sintomas deste transtorno são sinal de desequilíbrio entre corpo, mente e espírito.

Diante deste fato, sugere-se acupuntura para tratar ansiedade. Ela é uma prática terapêutica que visa buscar o equilíbrio do corpo através de seus cinco elementos (fogo, metal, terra, madeira e água). Desta forma, é possível reestabelecer a harmonia perdida.

Quem nunca teve os sintomas de ansiedade citados acima?  Ela é uma situação até corriqueira diante do nosso dia a dia, principalmente frente a situações novas e imprevistas. É algo natural, porém, quando a intensidade da ansiedade é muito maior do que o problema que a estimulou, é importante entender que desta forma ela é prejudicial.

Imagine como exemplo uma mãe que se preocupa com seu filho quando ele sai de casa. Todas as mães amam seus descendentes e desejam protegê-los, porém a ansiedade que algumas delas sentem não é comum frente aos riscos que eles são expostos. Elas não conseguem ficar tranquilas enquanto o filho não retonar, mesmo quando não há motivo algum para este surto de preocupação.

Os cinco elementos

Acima nós comentamos sobre os cinco elementos. Eles são importantes para que se entenda como pode ser benéfica a acupuntura para tratar ansiedade.

Como já foi mencionado, o excesso de ansiedade é prejudicial. Ela pode provocar dificuldades para dormir, inquietação, cansaço, irritabilidade, problemas de concentração, tensão muscular e outros sintomas desagradáveis.

Estes sintomas comuns em quem está ansioso em demasia são sinal de desequilíbrio entre dois elementos: a água e o fogo. Sob a visão desta medicina, a ansiedade que se sente no coração é resultado do medo do rim. Como assim? Já iremos explicar.

Isto quer dizer que a pessoa sente medo e insegurança do futuro e este receio reflete na ansiedade. Para resolver o problema, é recomendável aumentar o elemento água. Ele tonificará o rim e acalmará o fogo do coração.

Assim, água e fogo entram em equilíbrio e a pessoa se sente menos ansiosa, com a mente e o corpo equilibrados. Os pontos do corpo que promovem esta harmonia estão localizados na região interna do antebraço, mais especificamente no punho. Também encontram-se no tornozelo e na fossa interna entre o pé e a perna.

Se no momento não for possível fazer acupuntura para tratar ansiedade, massagear estas regiões pode acalmar a mente por estabelecer harmonia entre os elementos.

Estudos comprovados de acupuntura na ansiedade

O psicólogo André Luiz Picolli realizou um estudo pela Universidade Federal do Paraná para comprovar a eficácia da acupuntura no tratamento de ansiedade. A pesquisa contempla um comparativo entre os métodos ocidentais (psicologia) e orientais (acupuntura).

Foram selecionados pontos no corpo de algumas pessoas, visando diminuir a ansiedade e restabelecer a energia do organismo. A partir da quarta sessão foi possível notar melhora significativa do paciente, sendo que a partir da sexta sessão houve alívio dos sintomas.

Sessões de acupuntura

Portanto, André provou que é benéfico fazer acupuntura para tratar ansiedade. As sessões devem ser realizadas semanalmente e para atingir um bom resultado são prescritas pelo menos dez sessões.

Esta quantidade mínima é necessária porque o restabelecimento do corpo é um processo contínuo e gradativo, especialmente se levarmos em conta que cada organismo tem um tempo para gerar sua resposta.

Porém, se a pessoa preferir, pode fazer acupuntura como medida preventiva, garantindo desta forma o equilíbrio do organismo e a energia em harmonia.

Alimentação adequada

Para potencializar os benefícios obtidos pela acupuntura, a pessoa em tratamento de ansiedade recebe a recomendação de fazer uma alimentação adequada. Ela serve como complemento da técnica e favorece o restabelecimento do equilíbrio.

A sugestão ao paciente é incluir na sua rotina de alimentação duas frutas vermelhas, lichia e pitanga, que são benéficas para o coração. Além disso, para tonificar o rim a dica é consumir com frequência determinadas sementes, como feijão e arroz preto.

Se a ideia é aumentar a quantidade do elemento água no organismo e diminuir o fogo no coração, a pedida também é beber bastante água. Estas precauções de comida e bebida tornam a mente menos inquieta.

Contraindicações

Como qualquer tratamento, existem contraindicações. Não são todas as pessoas que podem se valer da acupuntura para tratar ansiedade. As proibições se referem a quem tiver alguma infecção, tumores ou fizer uso de marca-passo.

Para estes indivíduos, a ansiedade deve ser aliviada com algum método que não utilize agulhas.

Também se prefere não utilizar a acupuntura naqueles casos onde a ansiedade ainda não é um diagnóstico confirmado ou em situações onde não foram feitas tentativas verdadeiras de aliviar o transtorno.  Nestes pacientes, a precaução evita que a acupuntura mascare ou altere sintomas que podem levar ao diagnóstico adequado.

Pede-se também que haja precaução no caso de idosos que desejam tratar ansiedade com acupuntura. Eles devem ser avaliados com atenção, para que a energia movimentada durante o tratamento não sobrecarregue seu organismo.

Além disso, a terapia é contraindicada para aquelas pessoas que têm medo de agulhas. Para elas, existem outros métodos que não seja acupuntura para tratar ansiedade.

Tratamentos alternativos para ansiedade

Se a pessoa não deseja tomar medicamentos nem fazer acupuntura para tratar ansiedade, outros métodos podem aliviar os sintomas.

A cromoterapia utiliza cores para tonificar determinados pontos e seus resultados são semelhantes àqueles obtidos pela técnica das agulhas. A cor azul tem efeito calmante, anestésico e refrescante. Ela também ajuda na redução de ansiedade, estresse e dor, podendo induzir ao relaxamento e até ao sono. Por isso, recomenda-se pintar as paredes do quarto com esta cor.

A acupuntura auricular, ou auriculoterapia, é uma técnica que estimula os pontos através de sementes que são inseridas na orelha do paciente. Ela apresenta bons resultados e, em uma pesquisa realizada por enfermeiras da Universidade de São Paulo, apresentou redução de 20% de ansiedade moderada e alta.

O shiatsu é um tipo de massagem que promove pressão nos canais por onde circula a energia vital (utilizados na acupuntura) e também há resultados de melhora na ansiedade. Há relaxamento, tonificação dos órgãos e equilíbrio entre os elementos. Portanto, é uma terapia semelhante à acupuntura para tratar ansiedade, sem a utilização de agulhas.

Todas as técnicas acima são derivadas da medicina chinesa e elas servem para devolver o equilíbrio ao corpo, através dos elementos água e fogo. Deve-se ter mais água e menos fogo para acalmar o coração e promover harmonia ente corpo, espírito e mente.

Por que tratar a ansiedade?

De nada adianta a nossa explanação sobre o tratamento de uma doença, se a pessoa não acreditar nos malefícios da doença. É preciso entender a gravidade que a ansiedade traz ao organismo, com prejuízos iminentes ao corpo se ela não for resolvida.

A ansiedade, se não for tratada, pode causar:

– aumento de peso, inclusive chegando à obesidade;

– incontrolável necessidade de comer, de forma compulsiva;

– roer unhas;

– arrancar fios de cabelo;

– dependência de drogas farmacêuticas, ilícitas ou alcoólicas;

– dor de cabeça frequente e forte;

– problemas no estômago;

– cansaço extremo;

– insônia;

– transtornos sexuais

– prejudicar a qualidade de vida, a autoestima e a saúde.

Para o psicólogo Alexandre Bez, especialista em ansiedade e síndrome do pânico na Universidade da Califórnia, a ansiedade é o pior dentre todos os males psicológicos.

É uma doença que acomete principalmente mulheres, pois elas sofrem mais com estresse, porém os homens também não estão imunes a este problema. Questões como finanças e o trabalho são os principais fatores que desencadeiam ansiedade neles.

A ansiedade, se não for tratada, pode causar outras doenças ao indivíduo, que poderão afetar tanto sua saúde física quanto mental. Confira abaixo algumas doenças que podem ser derivadas do não tratamento da ansiedade:

– gastrite

– úlcera

– colite

– aceleração dos batimentos cardíacos

– pressão alta

– enxaqueca

– alergias

Quando é a hora de tratar ansiedade?

Esta é uma pergunta que os ansiosos já devem ter feito a si mesmos. Você sabe quando é a hora de tratar ansiedade? Como diferenciar um sentimento normal do prejudicial?

A ansiedade deve ser tratada quando ela atrapalhar o andamento das atividades diárias. A pessoa até pode conseguir realizar suas funções, mas faz isto de maneira sofrida, difícil. Se isto acontecer frequentemente, é hora de procurar ajuda especializada.

O tratamento da ansiedade

Existem algumas dicas que podem aliviar a ansiedade, como:

– caminhar por trinta minutos com frequência

– dançar

– ouvir música

– estar preparado para desafios

– procurar ver sempre o lado bom das situações

– evitar ter pensamentos negativos

– ter um animal de estimação

Porém, para algumas pessoas é necessário fazer um tratamento médico. É aí que entra a acupuntura para tratar ansiedade, que foi explicada no texto que você acabou de ler. Se a indicação for medicina convencional, tudo bem. O que importa é tratar os sintomas e viver bem. Qualquer ajuda é bem-vinda.

A Acupuntura na Fertilidade

Quando usada em conjunto com tratamentos de fertilidade ocidentais, a acupuntura aumenta a taxa de conceção em cerca de 26%. Um estudo recente da Universidade de Tel Aviv relata que ao combinar a Inseminação Intra Uterina com tratamentos de Medicina Tradicional Chinesa, que 65,5 por cento do grupo de teste foi capaz de conceber, em comparação com 39,4 por cento do grupo controle, que não receberam tratamento fitoterapêutico ou de acupuntura.

A acupuntura pode aumentar a fertilidade porque reduz o stress, aumenta o fluxo sanguíneo nos órgãos reprodutivos e equilibra o sistema endócrino, de acordo com a revisão sistemática de vários outros estudos e pesquisas científicas.

Um dos mecanismos de ação de sucesso da acupuntura no tratamento da infertilidade é a redução do stress. Quando um ser humano está sob a ação do stress, o cortisol (hormona segregada pelas glândulas supra renais que interfere com os mecanismos do stress) interage, provocando alterações significativas a nível do equilíbrio neuro químico do cérebro, alterando, assim, os níveis hormonais, o que resulta numa deterioração do equilíbrio a nível da glândula pituitária que é chave para o ciclo reprodutivo. Devido ao delicado equilíbrio entre o hipotálamo, a pituitária e as glândulas reprodutivas, o stress é capaz de impedir uma mulher de ovular, podendo contribuir como uma das causas da infertilidade feminina.

O stress pode, também, gerar espasmos em ambas as trompas de Falópio e no útero, o que poderá interferir com a implantação de um ovo fertilizado. Nos homens, o stresse pode alterar a contagem de espermatozoides e a sua motilidade e é causa de impotência masculina assim como da disfunção erétil. A acupuntura administrada para o tratamento da infertilidade combate o stresse e reduz os efeitos do cortisol por libertação de endorfinas no cérebro.

A causa mais comum de infertilidade feminina é motivada por desequilíbrios da ovulação, em que a libertação de um óvulo maduro a partir do ovário é impedida, na generalidade, por causa de um desequilíbrio hormonal. Sem os níveis suficientes de progesterona, por exemplo, o feto é incapaz de se fixar no útero. Níveis elevados de prolactina, a hormona que estimula a produção de leite na mama, também, poderão ser uma das causas de anovulação.

Enquanto os medicamentos para a fertilidade comumente prescritos para as mulheres podem produzir uma taxa de gravidez 20 a 60 por cento, eles também podem incluir efeitos colaterais como dor abdominal, inchaço e retenção de líquidos, ganho de peso e náuseas. Alguns estudos mostram até que essa medicação pode estar na origem do cancro da mama.

O tratamento da infertilidade através da acupuntura, por outro lado, é desprovido de efeitos colaterais ao executar a mesma função que os tratamentos químicos ao estimular o hipotálamo para equilibrar eficazmente o sistema endócrino e as suas hormonas agindo diretamente na raiz das causas da infertilidade feminina, bem como na infertilidade masculina.

O objetivo de um tratamento de infertilidade na perspetiva da Medicina Chinesa não se coaduna apenas com o sucesso de uma gravidez, mas também na conceção de um bebé saudável.

FONTES

Estudo Universidade de Tel Aviv

http://www.pacificcollege.edu/news/blog/2015/04/17/how-does-acupuncture-fertility-work-increase-chance-conception-without-side#sthash.yjFCh9oM.dpuf

https://www.facebook.com/Acupuntura.PontaDelgada

Outras aplicações da Acupuntura

Outras aplicações da acupuntura Tem sido demonstrado experimentalmente que a colocação de agulhas no filtro nasal de gatos aumenta a resistência ao choque hipovolêmico e que, acupuntura no acuponto 26 do canal do VasoGovernador (26VG) aumenta a oxigenação tecidual em cérebros de ratos. A estimulação deste mesmo acuponto em cães levemente anestesiados com halotano aumenta o débito cardíaco, freqüência cardíaca, pressão arterial média e diminui a resistência periférica total (ALTMAN, 1979). A acupuntura também foi avaliada em experimentos com estresse agudo por contenção. GUIMARÃES et al. (1997) avaliaram o efeito da acupuntura nos acupontos 06BP, 36E, 17VC, 06CS, 20VG durante um período de imobilização de 60 minutos em ratos Wistar, utilizando como parâmetros cardiovasculares pressão arterial e freqüência cardíaca e análise de comportamento.

Os resultados obtidos sugerem que a acupuntura aplicada durante o estresse agudo por contenção atenua alguns comportamentos envolvidos na reação de luta ou fuga característica do estresse, de maneira independente dos parâmetros cardiovasculares avaliados. TOUGAS et al. (1992) demonstraram que a acupuntura é capaz de reduzir, durante 30min, a secreção ácida do estômago em voluntários sadios do sexo masculino. ASAMOTO & TAKESHIGE (1992) estudaram o efeito da acupuntura sobre o apetite. Observaram que a implantação de agulhas nos acupontos auriculares correspondentes ao piloro, pulmão, traquéia, estômago, esôfago, sistema endócrino e coração reduziu o ganho de peso em ratos obesos. Segundo estes autores, isso poderia ocorrer pelo efeito da acupuntura exercido sobre o núcleo ventromedial, pois a estimulação de regiões específicas do pavilhão auricular de ratos (aurículo-acupuntura) é capaz de evocar potenciais no núcleo hipotalâmico ventro-medial, o centro da saciedade. FARBER et al. (1996) avaliaram a utilização da acupuntura auricular como tratamento da obesidade em pacientes humanos. O estímulo dos acupontos auriculares Shen Men, estômago, cárdia, subcórtex (interno) levou à diminuição significativa do peso nas pessoas tratadas, com grandes variações individuais. Estes autores concluem que a acupuntura é moderadamente eficaz como auxiliar no tratamento da obesidade.

Em uma revisão sobre o uso de neuroestimulação para o tratamento de angina pectoris, COLQUHOUM (1993) defende o uso regular de estimulação elétrica transcutânea (transcutaneal electrical nerve stimulation – TENS), baseado no fato de essa técnica aliviar os sintomas e melhorar a performance sem induzir a chamada isquemia silenciosa (alívio da dor sem prevenção da isquemia). Estes resultados são observados a curto e longo prazo. Em pacientes vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), a acupuntura é capaz de promover uma melhora funcional mais intensa que os métodos usuais de fisioterapia. JOHANSSON et al. (1993) estudaram 78 pacientes com hemiparesia severa, tanto direita quanto esquerda, e observaram que aqueles que receberam o estímulo sensitivo se recuperaram mais rapidamente e de forma mais intensa que os controles, com uma diferença significativa no equilíbrio, mobilidade, atividades da vida diária, qualidade de vida e dias dispendidos no hospital ou com cuidados de enfermeiras no domicílio.

YAO (1993) estudou o efeito pressor da acupuntura em animais hipotensos. Ratos com hipotensão hemorrágica, ou seja, com pressão arterial média (PAM) correspondente a 60% do valor controle antes da indução da hemorragia, tiveram a PAM elevada a 80% da PAM controle, após aplica- ção de eletroacupuntura. Houve também um aumento significativo da atividade do nervo esplênico, ou seja, inibição da resposta depressora pósestimulatória atribuível à inibição simpática. A eletroacupuntura é capaz de diminuir os níveis de emocionalidade em camundongos. A aplicação de eletroacupuntura nos acupontos 36E e 06BP em camundongos observados em campo aberto e em labirinto em cruz elevado aumentou significativamente a porcentagem de locomoção central em relação à locomoção total, indicando um efeito ansiolítico da eletroacupuntura (SILVA et al., 1996).

Comparando as técnicas de estimulação do acuponto Zuzanli (36E) com agulha permanente fixada com cola instantânea ou fazendo a contenção do animal e utilizando agulha simples, os mesmos autores observaram que em camundongos em jejum, normoalimentados ou atropinizados, a técnica da agulha permanente não alterou ou não reduziu de forma significativa o trânsito gastrintestinal. Porém, reduções significativas foram observadas em animais sob contenção e acupunturados (MEDEIROS et al., 1996) COSTA et al. (1996) avaliaram o efeito da acupuntura sobre a indução de estro em éguas puro sangue inglês virgens que apresentavam retardo no aparecimento de estro na estação de monta. A taxa de prenhez à primeira cobertura foi de 88,88% para o grupo tratado e de 58,33% para os animais do grupo controle não tratado. A taxa de prenhez geral, incluindo todas as coberturas foi de 88,85% para o grupo tratado e de 83,33% para o grupo controle não tratado. Com os resultados obtidos, estes autores concluíram que a acupuntura é uma alternativa para auxiliar o tratamento de éguas que não apresentam ciclo estral no início da estação de monta. ALVARENGA et al. (1998, 1998a) avaliaram o efeito luteolítico da aplicação de microdoses (um décimo da dose mínima recomendada) de PGF2α no acuponto Bai Hui em éguas durante a fase luteínica e verificaram ser a microdose tão eficaz quanto a aplicação da dose convencional por via intra-muscular. Por outro lado, a injeção de água destilada no mesmo ponto não produziu efeito luteolítico (LUNA et al., 1999).

Tem medo de dentista? Hipnose e acupuntura podem te ajudar

Barulho do motor e as agulhas usadas durante o tratamento são alguns dos motivos que mais causam medo na hora de entrar no consultório de um dentista. E o pavor de fazer a consulta para verificar a saúde bucal não é só no Brasil. Segundo dados da Sociedade Americana de Odontologia, três em cada 10 adultos têm medo de ir ao dentista. No entanto, o que poucos pacientes sabem é que existem técnicas alternativas, como acupuntura e hipnose, capazes de diminuir a ansiedade e controlar o estresse para tornar a consulta mais tranquila.

A professora e pedagoga Gisele Prestes Kaussinis, 50, confessa que tinha um pouco de medo de ir ao dentista devido ao barulho dos procedimentos que são feitos na consulta, além disso, ela também sentia ânsia na hora de colocar algodão e gase na boca. Foi com a acupuntura — técnica milenar da Medicina Tradicional Chinesa — aliada ao tratamento dentário que ela superou o trauma há 10 anos.

“Vi reportagens sobre o tema e procurei um profissional de confiança. Virei fã de carteirinha, pois além de ajudar a controlar a ansiedade, também traz outros benefícios para o corpo. Tenho síndrome do cólon irritável, então meu dentista faz o tratamento com as agulhas para regular esse problema, eliminar o medo e relaxar”, conta Kaussinis, que afirma que as agulhas não causam nenhum tipo de dor e/ou incômodo.

Para o presidente da Câmara Técnica da área de acupuntura do Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo), o cirurgião-dentista Helio Sampaio Filho, a acupuntura visa o equilíbrio geral do organismo do indivíduo. “As agulhas são colocadas em alguns pontos espalhados pelo corpo todo, dentro dos meridianos, que consistem em vias por onde circula a energia. Dentro desses meridianos, existem alguns pontos que quando estimulados por agulhas, são mais apropriados para relaxar, melhorar a questão da ansiedade e do medo também”, afirma.

A técnica pode ser feita na própria cadeira do dentista — ainda que alguns destinem uma sala apenas para isso — e a duração da sessão varia entre 30 e 60 minutos de acordo com o caso de cada paciente. Alguns especialistas também procuram fazer algumas sessões antes mesmo de começar o tratamento odontológico. “Quando essa questão do medo e ansiedade é muito forte, o paciente pode fazer de três até cinco sessões de acupuntura antes de iniciar o tratamento até que ele se sinta mais tranquilo e confiante”, afirma Filho.

Sem contraindicações, a acupuntura também é indicada para outros casos além do medo de ir ao dentista, dentre eles: alergia a anestesia, disfunções temporomandibulares, bruxismo, paralisia facial, nevralgia do trigêmeo (dor aguda causada por uma inflamação no nervo da face), aftas, reflexo de regurgitação, náusea e no tratamento de pacientes com doenças mentais.

“Pacientes com paralisia cerebral, por exemplo, têm muitos movimentos involuntários, o que torna o tratamento odontológico mais difícil. Com a acupuntura, eles ficam tão calmos que às vezes não é preciso colocar faixas de contenção durante o tratamento”, aponta Maria Cristina Borsatto, professora-titular de Odontopediatria e de Acupuntura da Faculdade de Odontologia da USP de Ribeirão Preto.

Hipnose

Uma outra técnica que pode contribuir para quem tem medo de ir ao dentista é a hipnose. Segundo o cirurgião-bucomaxilofacial Claudio Gargione, assessor da presidência da ABCD (Associação Brasileira de Cirurgiões-Dentistas) e presidente da Câmara Técnica de Hipnose do Crosp, a técnica mexe com o sensitivo da pessoa e faz com que ela entre em um “transe” que a deixa mais relaxada.

“Se o paciente tem medo do barulho do motor, pergunto qual ruído que ele gostaria de ouvir no lugar. Dou algumas sugestões, como cascata de água e hipnotizo dando esse comando. Na hora que piso para ativar o motor, a pessoa não escuta o barulho da turbina, mas sim o da água e isso a deixa mais calma e tranquila”, afirma Gargione.

O mesmo acontece com quem tem medo de agulha. “Com a hipnose é possível apagar a imagem da agulha. Você passa o objeto na frente do nariz do paciente e ele não enxerga nada e não sente a penetração. Para ele, não existe a agulha ali”, diz o cirurgião-bucomaxilofacial.

Foi o medo de anestesia e injeção que levou a professora de Educação Física Mônica Bitti, 35, a procurar o tratamento odontológico aliado com a hipnose há dois anos. “Com a hipnose você acaba não vendo o procedimento, fica com um pouco de sono, mais relaxada e tranquila. Você escuta os comandos que o dentista dá, mas sempre a voz está meio longe, além disso não sinto nenhum tipo de dor durante o tratamento”, afirma.

Um dos principais pontos positivos da técnica, segundo Gargione, é substituir a anestesia tradicional, especialmente para os pacientes com alergia aos anestésicos usados nos tratamentos odontológicos.

“O dentista vai dando comando para dar uma anestesia local sem medicamento e a gengiva fica esbranquiçada, a circulação de sangue para no local, então é possível arrancar um dente sem nenhum sangramento, dar o ponto no local sem se preocupar com a salivação, pois também conseguimos controlar isso com a técnica. É trabalhoso, mas é possível”, diz o presidente da Câmara Técnica de Hipnose do Crosp.

Laser

O avanço da tecnologia também promete melhorar a vida de quem tem pavor de ir ao dentista. Uma delas é o laser que tem sido estudado para ser utilizado na remoção de cáries. “Atualmente, para remover as cáries é preciso utilizar a alta rotação, que faz muito barulho — um dos fatores que causa medo de ir ao dentista, mas estudos comprovam que o laser tem sido eficaz neste procedimento”, diz a professora-titular de Odontopediatria e de Acupuntura da Faculdade de Odontologia da USP de Ribeirão Preto.

Para Borsatto, o principal benefício deste tratamento é que o dentista não precisa encostar no dente, não é necessário pressionar o local, aplicar anestesia e o paciente não sente dor. “No entanto, os aparelhos que usam essa tecnologia ainda são muito caros, portanto a tendência é que o uso dessa técnica fique mais popular conforme o material ficar mais barato”.

Medicina integrativa ganha espaço em hospitais e até no SUS

Em uma consulta de rotina, você fica sabendo que terá que passar por uma pequena cirurgia. Você faz a operação e o médico afirma que o procedimento foi um sucesso. Mas isso é apenas o primeiro passo: afinal, ainda é preciso lidar com a cicatrização, que muitas vezes vai exigir cuidados especiais com a alimentação e alguns dias longe do trabalho. Acompanhar todo esse processo para o restabelecimento do bem-estar físico, mental e social é o objetivo da medicina integrativa.

Partindo do princípio de que acupuntura, meditação e ioga ajudam a minimizar a dor, a ansiedade e até os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais,  a medicina integrativa tem ganhado cada vez mais espaço em hospitais e centros de estudos.

Para os defensores da prática, a cura não é apenas eliminar a doença, mas sim restabelecer o paciente integralmente – e isso inclui os aspectos emocionais e sociais também.

“A medicina integrativa propõe um resgate das práticas mais antigas sem negar os avanços da medicina convencional”, diz o médico Paulo de Tarso Lima, coordenador do Grupo de Medicina Integrativa do Hospital Israelita Albert Einstein e autor do livro “Medicina Integrativa – a Cura pelo Equilíbrio”.

Isso não quer dizer que um tratamento seja trocado pelo outro, mas, sim, que a combinação deles pode trazer benefícios reais para o paciente. “A medicina integrativa não é a defesa de uma terapia complementar, mas sim a integração de vários esforços pensando no bem-estar do paciente”, explica.

Na definição do Consortium of Academic Heath Centers for Integrative Medicine, “a medicina integrativa é a prática que reafirma a importância da relação entre médico e paciente, com foco na pessoa como um todo, embasada em evidências, e que usa de todas as abordagens terapêuticas apropriadas para alcançar saúde e cura”.

Pelo mundo afora

Essa nova abordagem, na verdade, não é tão nova assim. A medicina integrativa surgiu em meados de 1970 dentro das universidades norte-americanas, num movimento que buscava tirar a doença do foco principal de atenção e colocar o paciente como protagonista.

O primeiro centro de medicina integrativa foi criado em 1991 nos Estados Unidos pelo médico Brian Bennan. Atualmente, institutos e universidades europeias, americanas, canadenses, indianas, chinesas e africanas possuem cursos e centros de pesquisas sobre medicina integrativa.

O Brasil não fica atrás. A oferta de tratamentos complementares já acontece no SUS (Sistema Único de Saúde) desde 2006, quando o Ministério da Saúde criou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PIC). Desde então, passaram a ser oferecidos acupuntura, homeopatia, plantas medicinais e termalismo (diferentes maneiras de utilização da água mineral e sua aplicação em tratamentos de saúde) no sistema público de saúde em mais de 1.200 municípios.

“Pacientes em tratamento por hepatite, obesos mórbidos e ostomizados (que passaram por cirurgia para construir um novo caminho para a saída das fezes ou da urina para o exterior)  podem ser beneficiados por esse tipo de tratamento. Eles são encaminhados pelos seus próprios médicos, que avaliam se estão em condições de receber o tratamento clínico e as terapias alternativas ao mesmo tempo”, diz Edilma Gonçalves, presidente da Associação do Voluntariado do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, que oferece terapias alternativas como reiki e cromoterapia aos seus pacientes. “O nosso objetivo é que essas terapias alternativas sejam estendidas para todas as especialidades atendidas no Mandaqui, inclusive para os funcionários”, afirma.

E a implantação teve sucesso: segundo dados do Ministério da Saúde, o SUS faz em média 385 mil procedimentos de acupuntura e mais de 300 mil de homeopatia por ano. “A medicina integrativa já é uma realidade efetiva em todo o país, e conta com lei federal, portaria  regulamentadora do Ministério da Saúde – ainda que sob denominação diferenciada – e diversas leis estaduais e municipais”, aponta  o doutor em ioga Cláudio Duarte, que é membro da Unesco e consultor especializado em qualidade de vida em vários países.

Apesar de ainda haver relutância por parte de muitos médicos convencionais, a prática integrativa tem respaldo científico. O número de estudos sobre o tema cresceu 33% em cinco anos, de acordo com o banco de dados de publicações médicas Pubmed. Só em 2011 foram 514 artigos divulgados. Os cursos sobre o tema também têm aumentado: só nos Estados Unidos são mais de 3.800 cursos na área.

Aqui no Brasil, a Liga de Medicina Integrativa da Unicamp oferece desde 2010 a disciplina de medicina integrativa para alunos de graduação da Faculdade de Ciências Médicas. E o hospital Albert Einstein de São Paulo oferece o curso de pós-graduação latu senso em medicina integrativa, atendendo cerca de 40 alunos por ano e realizando várias pesquisas na área.

Paciente em primeiro lugar

A característica principal da medicina integrativa é colocar o paciente em primeiro lugar. Isso significa pensar nele integramente, considerando seus aspectos emocionais e sociais também, assim como considerar as características únicas de cada um. “Para algumas pessoas, a meditação pode trazer alívio dos sintomas, mas para outras pode não ter efeito. Por isso antes de tudo é preciso ouvir o paciente”, afirma Lima.

Os pacientes que podem usufruir muito dos benefícios da medicina integrativa são os crônicos. Isso porque têm de conviver com uma doença por um período de tempo muito longo e veem sua qualidade de vida se deteriorar por conta da enfermidade. Nesses casos, as terapias complementares e alternativas podem oferecer recursos que forneçam bem-estar para esses indivíduos.

“Entre os principais motivos que estimulam o paciente e/ou seus familiares a procurarem a medicina integrativa está o fato de a mesma ser altamente humanizada, ou seja, ela  preocupa-se com o ser humano, em ouvi-lo, em atendê-lo profundamente, em dar-lhe além do tratamento necessário, também atenção”, explica Duarte.